Síntese de Evidências para Políticas de Saúde
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As desigualdades sociais entre regiões e populações no Brasil se reproduzem nas taxas de mortalidade infantil, constituindo um relevante problema de saúde a ser enfrentado por toda a sociedade.
Apesar do declínio da mortalidade infantil na última década, as taxas encontradas nas regiões Norte e Nordeste são consideradas elevadas e incompatíveis com o desenvolvimento do país, ressaltando as persistentes desigualdades regionais e entre grupos sociais e econômicos, com concentração dos óbitos na população mais pobre. Diferente de outros países que alcançaram a redução simultânea da mortalidade pós-neonatal e neonatal, como Cuba, Chile e Costa Rica, o Brasil não conseguiu mudanças significativas do componente neonatal nas últimas décadas (Lansky et al, 2009). Tendo em vista que essas mortes são consideradas evitáveis na sua maioria, intervenções para sua redução podem estar ligadas a mudanças estruturais nas condições de vida da população, mas também a ações diretas definidas pelas políticas públicas de saúde.
Como ampliar o impacto das ações de APS sobre a mortalidade infantil perinatal e quais opções, com base em revisões sistemáticas, a gestão local da saúde pode usar para obter maior efetividade na redução desse componente do óbito infantil?