quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

MS lança linha de cuidado


Nos últimos 20 anos, as políticas de saúde dirigidas às crianças possibilitaram uma série de avanços. Entre 1990 e 2007, a mortalidade infantil caiu 59,7%, enquanto no período de 2001 a 2009, a Saúde da Família teve sua cobertura duplicada, atingindo 100 milhões de brasileiros. As consultas de pré-natal tiveram um aumento de 125% entre 2003 e 2009. A desnutrição diminuiu e a adesão à vacinação foi ampliada, bem como as taxas de aleitamento materno. Por outro lado, as causas externas (acidentes e violências) passaram a ocupar a primeira causa de morte entre pessoas de 1 a 19 anos, o que fez com que o Ministério da Saúde adotasse algumas medidas.

Como resultado desse processo, o Ministério elaborou a Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências – Orientações para gestores e profissionais de saúde, que tem como foco a adoção de uma ação contínua e permanente de atenção às vítimas de violência, desde o acolhimento e atendimento, até a notificação e seguimento para as redes de cuidados e proteção social. O documento traz orientações para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de violências que mais afetam crianças e adolescentes, destacando a importância do trabalho junto às famílias, os fatores de proteção, além de um alerta para as vulnerabilidades, riscos e para a identificação dos sinais e sintomas da violência.



A partir de 2011, o Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde, realizará capacitações nos estados e municípios, orientando gestores e profissionais de saúde sobre como adotar essa Linha de Cuidado para diminuir a ocorrência de violências na comunidade.

A linha de cuidado busca articular o cuidado desde a atenção primária até o mais complexo nível de atenção, exigindo a interação com os demais sistemas para a garantia de direitos. Orienta também para a organização e implementação de Redes de Cuidado e Proteção Social no território de acordo com a capacidade de gestão de cada localidade, e estimula que os profissionais de saúde ampliem o diálogo com as famílias para romper ciclos de violência que, muitas vezes, se instalam na dinâmica dos relacionamentos familiares.

O documento é uma iniciativa das Áreas Técnicas de Saúde da Criança e Aleitamento Materno e Saúde do Adolescente e do Jovem, do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), em parceria com o Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli – Claves/Fiocruz. A elaboração contou ainda com a participação de profissionais de várias unidades do Ministério da Saúde e de profissionais de instituições acadêmicas, pesquisadores e de serviços de saúde de diferentes regiões do País.

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